Sexologia Clínica

O que é e como o pode ajudar na descoberta do prazer

História da Sexologia Clínica

Os primórdios da Sexologia remontam à passagem do século XIX para o século XX, cujo impulso se deve a Iwan Bloch (1872-1922), na Alemanha, sendo, desde logo, entendida como uma “ciência sexual”, não se baseando apenas no estudo científico da sexualidade mas designando também uma determinada postura em relação a esta temática. Desde logo este desenvolvimento da Sexologia apoiava-se na medicina para obter uma visão objetiva dos comportamentais sexuais, porém, após o culminar da Segunda Guerra Mundial, surgiu uma nova “onda sexológica” muito incitada pelos investigadores William Masters (1915-2001) e Virginia Johnson (1925-2013). Se os primeiros sexólogos pretendiam, construir uma área legítima acerca dos estudos da sexualidade, tendo em vista as considerações morais e jurídicas da época, estes segundos pesquisadores tinham como objetivo ajudar os casais disfuncionais do ponto de vista sexual.

Na atualidade, tendo em conta que a Organização Mundial de Saúde defende que a saúde se refere a um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas à ausência de doença, podemos dizer que a Sexologia Clínica será mais uma aliada no aumento da qualidade de vida sexual, individual ou de casal.

Em que situações atua a Sexologia Clínica?

As temáticas de atuação da Sexologia Clínica são bastante abrangentes e envolvem tudo o que diz respeito ao comportamento sexual humano, seja física ou psiquicamente. é uma área que acompanha o ser humano em todas as fases da sua vida, uma vez que a sexualidade está presente em todas elas, manifestando-se de diferentes formas e exigindo modelos específicos, com o objetivo de resolver os problemas já instituídos mas, principalmente, evitar que se desenvolvam. 

Se na fase da Infância/Adolescência a atuação se baseia num modelo de Psicoeducação, melhorando a autoestima da criança/jovem, consciencializando para o conhecimento do próprio corpo e os cuidados que devem ser tomados, ensinando noções de saúde reprodutiva, evitando a gravidez não planeada e reduzindo os riscos de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Na fase adulta, o trabalho passa por ajudar a trabalhar situações como as disfunções sexuais femininas/masculinas comuns (e.g.: Anorgasmia, Vaginismo, Desejo Sexual Hipoativo, Dispareunia, Disfunção Erétil, Ejaculação Precoce, entre outras). Esta área de atuação funciona também como forma de melhorar o relacionamento (sexual, mas não só) em casal, compreender melhor a resposta sexual humana e as suas diversas fases, permite obter orientações sobre a saúde sexual e estimular o prazer sexual autónomo ou em casal. Numa fase avançada da vida, a Sexologia Clínica pode, ainda, contribuir para superar as alterações trazidas pela Menopausa ou Andropausa, tanto no aspeto físico quanto emocional, a sós ou em casal.

Como se desenrolam as consultas?

A Sexologia Clínica consiste no diagnóstico e, consequente, tratamento das Dificuldades sexuais, podendo ser realizada sob a forma de intervenção individual e/ou casal. As sessões decorrem com uma duração média de 50 minutos (podendo ser mais demorada se for realizada em casal), com uma brevidade semanal ou quinzenal, tendo em conta a problemática. Apesar de se tratar de uma terapia breve (cerca de 12 sessões), poderão ser realizadas as sessões necessárias em concordância com o paciente. Todas as sessões serão praticadas à luz do Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses, assumindo o respeito pelo paciente e garantindo a total confidencialidade. Um psicólogo clínico com formação em Sexologia usará técnicas psicoterapêuticas para desmistificar crenças disfuncionais, para aconselhar os casais e capacitar os pacientes a experimentar a sexualidade de forma plena e distinta. 

Como se trata de um trabalho dos casais, com os casais, poderá ser solicitada a execução de algumas tarefas comportamentais, que serão conduzidas na privacidade das suas casas. Estas poderão ser: (1) Tarefas comportamentais específicas para trabalhar a intimidade pessoal/do casal; (2) Técnicas específicas para trabalhar as crenças no âmbito da sexualidade; (3) Técnicas de relaxamento e, (4) Exercícios de comunicação, de modo a traçar e encontrar estratégias para superar os problemas. 

A série televisiva “Masters of Sex” retrata o desenrolar das pesquisas desenvolvidas por William Masters e Virginia Johnson sobre o comportamento sexual humano. Muitas destas pesquisas permitiram descobrir que ter relações sexuais com frequência ajuda o cérebro a envelhecer melhor e que práticas sexuais diferentes melhoram o relacionamento.

Leticia Mendes

Psicóloga Clínica (cédula 28334)

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