Prostatectomia

Papel da Fisioterapia no Pós-cirúrgico

Cancro da Próstata

     O cancro da próstata representa a 2ª causa de morte por cancro no homem, sendo o cancro mais frequente no homem de mais de 50 anos. Em Portugal estima-se que tenha uma incidência de 82 casos por 100 mil habitantes. O tratamento depende do estadio em que o cancro se encontra; o estadio 1 é primariamente tratado por prostatectomia radical ou reseção transuretal da próstata.

     A prostatectomia radical (PR) é o tratamento mais realizado para o tratamento do cancro de próstata localizado. Apresenta altos índices de cura, contudo tem alguns efeitos colaterais como a disfunção erétil e a incontinência urinária.

Incontinência Urinária 

     Segundo a Sociedade Internacional de Continência define-se como incontinência urinária (IU) toda e qualquer perda involuntária de urina. As taxas de prevalência informadas para a IU pós-prostatectomia radical variam de 5% a mais de 60%.

      Para uma continência normal, o homem depende de um músculo da bexiga estável e complacente, esvaziamento vesical competente e o funcionamento normal do mecanismo esfincteriano. Também os músculos do soalho pélvico trabalham de maneira coordenada para promover o controlo urinário. A IU pode ter origem em disfunções da bexiga, esfincterianas ou uma combinação das duas. Quando ocorre um distúrbio da função vesical, a bexiga pode não armazenar urina sob baixas pressões ou gerar uma contração involuntária o que irá resultar em IU de urgência. Já quando ocorre uma disfunção esfincteriana, o seu mecanismo não irá resistir a aumentos da pressão abdominal o que pode levar a IU de esforço. Em suma, a PR altera o mecanismo natural da continência.

     No pós-operatório, a IU melhora ao longo do tempo e diminui ou atinge plateau num ano ou dois. Contudo, muitos homens permanecem incontinentes por vários anos após a cirurgia. Idade avançada, obesidade, index de comorbilidades, volume da próstata, sintomas urinários prévios e reseção transuretral da próstata prévia são tidos como factores de risco.

Cirurgia, IU e Fisioterapia

s     Idealmente, deveriam ser realizadas algumas sessões pré-cirurgia para a aprendizagem da contração específica do soalho pélvico, reforço dos mecanismos de continência e treino de esforço. 

     O tratamento conservador pós cirurgia deve ser iniciado logo após a retirada da sonda vesical, que ocorre geralmente após 10 a 20 dias da cirurgia. Acredita-se que os exercícios numa fase inicial aceleram a recuperação da continência urinária.

        O tratamento após cirurgia em Fisioterapia tem como objectivos diminuir e melhorar:

  • A sintomatologia urinária
  • A sintomatologia relacionada com a função sexual
  • A dor
  • Melhorar a qualidade de vida do paciente

     Existem várias componentes do programa de reabilitação como alteração de comportamentos e estilo de vida, reeducação ao esforço, técnicas manuais, electroestimulação e a 1ª opção de tratamento fortalecimento dos músculos do soalho pélvico. 

       Para mais informações e esclarecimentos não hesite em enviar pedido para geral@hygia.pt ou via as nossas redes sociais. 

Fisioterapeuta Sara Correia

Licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde do Porto, Pós- Graduação em fisioterapia respiratória pela UATLA

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